Além de ser um ótimo filme histórico, é antes de mais nada um excelente drama.
Diretor: Steven Spielberg
Roteiristas:
Lee Hall, Richard Curtis
Produtores:
Steven Spielberg, Kathleen Kennedy
Gênero: Drama; guerra
Trilha Sonora: John Williams
Ano: 2011
Minha Nota: 9,6
Você gosta de filmes com animais? Pra mim existem duas respostas: Eu
odeio e eu amo. Como assim? Acontece que eu não gosto de filmes onde os animais
agem como humanos (a não ser em filmes de animação). Sabem do que eu estou
falando, não é? Animais que falam, animais que jogam basquete e baseball, isso
tudo eu odeio, salvo apenas uma exceção pra o filme “A Menina e o Porquinho”,
que foi o único que eu gostei (não sei se passa na regra dos 15 anos, então
cuidado). Mas quando se trata de filmes em que os animais são animais (e o
filme é bem feito), eu posso ver com tranquilidade. Por exemplo: “Sempre ao Seu
Lado” que me fez chorar feito criança em um momento de minha vida que eu não
chorava nem na base da porrada. Aí vem esse filme sensacional (War Horse – Cavalo de Guerra) que me fez
derramar algumas lágrimas novamente.
O longa, além de ser um ótimo filme histórico é, antes de tudo
um excelente drama. A trama de todo o filme gira em torno do Joey, um cavalo
que é comprado em um leilão, a partir daí inicia-se uma amizade entre o cavalo
e o filho do seu comprador. O início do filme já é uma lição. Uma lição de
apego, amizade e persistência (muita persistência), mostrando-nos a
persistência do personagem Albert em lutar para impedir que seus pais fossem
expulsos de suas terrar, mas principalmente a sua persistência em manter a sua
amizade com o Joey, mostrando que eles são capazes de fazer o impossível.
Então partimos pra segunda parte
do filme. Tenho que dar os parabéns (mais uma vez) para o Spielberg. O filme mostra-nos vários
fatos históricos. Da comemoração pelo início da Guerra até à cena final onde
ninguém se orgulha do acontecido mesmo o “lado vencedor”, tudo (ou quase tudo)
é bem montado e exibido aos nossos olhos. O choque entre o modo antigo de
guerra e as machine guns, o uso dos
cavalos na guerra, tudo é bem executado.
Uma das coisas que eu gostei
bastante no filme é o fato de mostrarem poucas ou quase nenhuma bandeiras.
Assim, às vezes você não sabe ao certo de que lado são os soldados. Isso pode
ser incômodo, mas faz sentido. Não importa o lado, havia horas (quase sempre)
que ambos os lados não sabiam pelo que estavam lutando. Isso é mostrado com
mais clareza na cena onde dois soldados de trincheiras opostas se encontram na
“terra de ninguém” *
E o nosso amigo Joey passa por
ambos os lados, passa por civis, passa por trincheiras, passa por praticamente
toda a guerra. Assim nós vemos a guerra através de vários olhos diferentes.
O final do filme é emocionante,
pois é triste e feliz ao mesmo tempo. O cavalo sobrevive e pode continuar a
vida com seu dono, mas a menina francesa (a filha do velhinho que faz geleia)
morre, em um sinal para o espectador: “não chore apenas de alegria”. O velho
que faz geleia diz: “A guerra tirou algo de todos nós”. Esse cena é
emocionante.
Isso é tudo, já falei muito. E
antes que alguém me chame de putinha **, por me emocionar com filmes com
animais, vai ver o filme e me diz se não é foda.
Vejam o filme pessoal. Vale muito
a pena.
* Terra de Ninguém é o nome dado
ao espaço entre as linhas de trincheiras de combatentes opostos.
** “É espião esse cara, tá a
mando do Bátima”. “Essa fita mostra tudo”. “Isso não prova nada, só prova que o
coringa é um filho da puta”. (FEIRA DA FRUTA, Bátima).
6 indicações ao oscar, além de
indicaçãos e prêmios no Globo de Ouro, BAFTA e outros.
#LegendadoSempre
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